Resenha | A MUSA DOS PESADELOS, por Laini Taylor
Ficha Técnica
Volume 2 da Duologia com “Um estranho sonhador”
Gênero: Young Adult/ Fantasia
Nome original: Muse of Nightmares
Publicação: 2020
Editora: Universo dos Livros
512 páginas
Sinopse
Sarai vive e respira pesadelos desde os seis anos de idade. Ela acreditava que conhecia todo horror e que nada a surpreenderia – mas estava errada. Após o final surpreendente do primeiro volume da duologia, Sarai e Lazlo – o estranho sonhador – lutam para compreender os novos limites de si mesmos enquanto sofrem nas mãos de uma deusa de mente sombria que deseja se vingar dos habitantes da cidade de Lamento.
Enquanto humanos e deuses temem as consequências desse embate, um novo inimigo quebra suas frágeis esperanças e os mistérios dos Mesarthim são ressuscitados: de onde vieram os deuses e por quê? O que foi feito com as milhares de crianças nascidas no berçário da cidadela? E o mais importante de tudo: ao abrir portas esquecidas que revelam novos mundos, os heróis sempre devem matar monstros, ou é possível salvá-los?
Sarai vai descobrir que apenas a mais terrível necessidade pode nos mostrar nossas próprias profundezas – e ela, a Musa dos Pesadelos, ainda não descobriu do que é capaz.
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Resenha
Começando poucos minutos após os eventos chocantes que finalizaram Um Estranho Sonhador – e com uma breve introdução de eventos em outro mundo –, todos estão um tanto atordoados. Sarai não consegue compreender totalmente a própria existência, enquanto Lazlo se esforça para permanecer fiel a si e ao povo de Lamento, mesmo sob chantagens. Ocorrem desentendimentos, e uma discussão da possibilidade de confiar no Matador de Deuses.
[...] Ela chorou por tudo o que esse corpo nunca mais faria ou sentiria, e suas lágrimas seguiram os caminhos secos de sal deixados por muitas outras lágrimas que derramara desde a noite anterior. [...]
Há um desenvolvimento enorme de Mynia nesse volume; dizer que ela ficou traumatizada com os acontecimentos é um eufemismo, e claramente sua busca obstinada por vingança a atrofiou. O corpo dela se mantém infantil, do mesmo jeito que era no dia do massacre; ela ainda usa as roupas que usou naquele dia, embora esteja reduzida a trapos. É emocionante e por vezes angustiante, pois ao mesmo tempo que eu entendia ela, queria que Mynia escutasse Lazlo e Sarai, para tentar parar de sofrer.
Além dos conflitos com Mynia, há a inserção de personagens antes desconhecidos, cuja história se intercala com os acontecimentos em Lamento. Essas personagens – Kora e Nova – permitem esclarecimentos de fatos passados e geram uma curiosidade, porque talvez nem todos percebam de cara sua conexão com a narrativa principal.
Esse foi um dos livros de YA com tramas mais complexas que já li em termos de justiça e compaixão; assim como na vida real, ele nos traz a noção que nem sempre – ou nunca? – há um certo e um errado em absoluto. Existem muitos tons de cor entre o preto e o branco, e aqui me vi com o coração apertado com diversos acontecimentos.
O final foi um tanto agridoce em alguns aspectos, e não consigo deixar de pensar que quero muito mais livros dessa mitologia de deuses e seres mágicos, seja em Lamento ou em outros mundos da mitologia de Laini Taylor, que aliás fez uma breve conexão entre esta duologia e seus outros livros.
[...] Então tudo acabou.
Ou talvez não.
Aqueles que sabem não podem nos dizer, e aqueles que nos dizem não sabem. [...]
Visão Geral
Em Suma
Empolgante. Emocionante. Apaixonante | 9,4
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