Resenha | Um Tom Mais Escuro de Magia, por V. E. Schwab
Ficha Técnica
Os Tons de Magia Volume 1 Gênero: Fantasia Nome original: A darker shade of magic Publicação: 2016 Editora Record 455 páginas
Sinopse
Um universo de aventuras audaciosas. Kell é um dos últimos Viajantes — magos com uma habilidade rara e cobiçada de viajar entre universos paralelos conectados por uma cidade mágica. Existe a Londres Cinza, a Londres Vermelha, a Londres Branca e... a Londres Negra. Mas ninguém mais fala sobre ela. Oficialmente, Kell é o Viajante Vermelho, embaixador do império Maresh, encarregado das correspondências mensais entre a realeza de cada Londres. Extraoficialmente, Kell é um contrabandista, atendendo pessoas dispostas a pagar por mínimos vislumbres de um mundo que nunca verão. Fugindo para a Londres Cinza, ele esbarra com Delilah Bard, uma ladra com grandes aspirações. Primeiro ela o assalta, depois o salva de um inimigo mortal e finalmente o obriga a levá-la para outro mundo a fim de experimentar uma aventura de verdade.
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Resenha
Estive enrolando a um tempo para ler Um Tom Mais Escuro de Magia; nunca li nada da autora, mas vi por alto que era sobre fantasia e que era bom, daí meu interesse. A história é focada em Kell, um mago que tem poderes especiais até entre os da sua espécie, podendo assim viajar entre mundos diferentes. Como um tipo de servo real que foi criado “quase” como filho, ele se sente um tanto deslocado, e por esse motivo mantém o ato de rebeldia de contrabandear bugigangas entre os locais que visita. Em dado momento, cai numa armadilha e começa a ser caçado.
A narrativa, porém, não é focada apenas nele, mas também na ladra Lila, com quem esbarra durante uma fuga, e daí ambos se tornam uma espécie de “parceiros do crime”. A moça é bem casca grossa e tem o sonho de ser pirata, e embora seja um casal como protagonista, não senti romance no ar. Talvez isso mude nos próximos livros, mas também não seria muito relevante, pois a amizade deles é muito bacana e poderia muito bem se manter assim.
Eu particularmente amo histórias com viagens entre mundos ou viagem no tempo. Por isso já fui conquistada pelo universo logo de início por tudo o que compõe os mundos e sua mitologia. No entanto, me senti bastante incomodada ao longo da leitura pela facilidade com que a autora descartou diversos personagens interessantíssimos, que poderiam ter muito mais desenvolvimento. Achei muitas mortes desnecessárias.
Não que eu tenha algo específico contra a violência em obras literárias. Só achei que houveram perdas que não contribuíram com o andamento da história e acabaram criando um buraco na narrativa. Enfim, nada que não dê para superar. De qualquer modo, gostei bastante da leitura e pretendo terminar a trilogia, embora o final seja bem fechadinho. Dá para ler esse volume sem os demais. Mas como eu sou dessas, já me apeguei ao universo e preciso muito saber aonde vai dar tudo isso!
Comentários Com Spoiler ⚠️
Quanto aos momentos finais: Kell foi muito sacana ou eu perdi alguma coisa? Ele salvou um mago que estava sob julgo de alguém para simplesmente jogá-lo em lugar equivalente ao inferno? Eu tinha entendido que Holland estava sendo manipulado. Ele foi julgado e penalizado, me deixando chateada com Kell! Não sabemos muita coisa sobre Holland, mas isso só fez Kell perder pontos comigo. Mesmo que ele tivesse feito aquilo por não ter opção, ele não demostrou nenhum remorso... Meu senso de justiça me deixou muito indignada.
Nem mesmo o excesso de insensibilidade de Lila ao matar aquele rapazinho sem pensar duas vezes me deixou tão chateada (ela já passou por poucas e boas, então entendo que a frieza dela é mais uma forma de defesa). Talvez por esse motivo eu torça menos por ele, mas TENHO que saber se teremos detalhes sobre sua origem (e de Lila também, que tem seus mistérios).
Visão Geral
Em Suma
Divertido. Empolgante. Vibrante | 8,8
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