Resenha | CIDADE DOS ANJOS CAÍDOS, por Cassandra Clare
Ficha Técnica
Instrumentos Mortais Volume 4
[Universo dos Caçadores de Sombras]
Gênero: Young Adult/ Baixa Fantasia
Publicação: 2012
Editora: Record/ Galera
476 páginas
Sinopse
Os últimos meses não foram fáceis para Clary. Mas agora a guerra chegou ao fim, e ela voltou a Nova York para aperfeiçoar seus poderes e assistir ao casamento da mãe. O melhor: finalmente pode chamar Jace de seu. Sem fantasmas ou dúvidas. O paraíso? Nem tanto. Alguém está matando Caçadores de Sombras, e a tensão entre os habitantes do Submundo atinge níveis alarmantes. Uma segunda guerra parece cada vez mais provável. Quando Jace resolve se afastar sem maiores explicações, Clary mergulha num mistério cuja solução pode se revelar seu maior pesadelo: ela mesma provocar a terrível cadeia de eventos capaz de lhe roubar tudo que ama. Inclusive Jace.
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Resenha
Semanas após os eventos dos primeiros três livros de Instrumentos Mortais, temos o início de uma nova trilogia, a qual eu recomendo a ler após Peças Infernais — que eu amo demais —, já que é aqui que Cassandra Clare começa a emaranhar seu universo e deixando sempre uma tênue ligação entre as histórias. Você pode ler também conforme ordem de publicação, alternando entre as edições; mas desse modo haverão pequenos spoilers, então é uma questão de gosto.
Clary está — finalmente! — passando por treinamento de Caçador de Sombras, embora ainda esteja dando apenas os primeiros passos; seu talento maior ainda é a criação de marcas. Jace, que teoricamente deveria estar aproveitando agora que eles podem enfim ter um relacionamento, tem estado muito perturbado com uma série de estranhos pesadelos recentes e evitado Clary por isso.
Há grande destaque e desenvolvimento para Simon nessa edição, o que me agradou bastante! Ele começa a história com uma rotina o mais normal possível, morando na casa da mãe e mantendo dois namoros simultâneos — de nerd a vampiro pegador... —; as coisas, porém, começam a se agitar. O rapaz passa por poucas e boas, que vão desde atentados inexplicáveis a decepções e dúvidas. Ele acaba também por cometer erros que lhe causam arrependimentos bem profundos, afinal ele precisa aprender a lidar com sua nova condição e ao mesmo tempo tentar não ferir ninguém, tanto por ser vampiro como pela poderosa marca de Caim feita por Clary. E em meio a tudo isso, começa a sentir mais do que nunca os efeitos do desprezo dos caçadores por sua espécie e o ônus de sua transformação.
[...] — O que é você? — Simon se sentiu enjoado.
— Já disse. Sou um vampiro.
— Você não é meu filho. Não é o Simon. — Estava tremendo. — Que espécie de criatura viva não tem pulsação? Que tipo de monstro você é? O que você fez com meu filho? [...]
Mas as coisas não se complicam somente para os três, não; Izzy está em uma profusão de sentimentos confusos, Alec demonstra sua insegurança quando começa a considerar as peculiaridades de ter um namorado imortal e Maia tem o passado jogado na sua cara sem nenhuma chance de aviso prévio.
Achei um clichê meio bobo a situação estranha de Clary e Jace aqui; boa parte do conflito deles se resolveria com uma simples conversa, já que eles esperam tudo sair do controle para tentar entender o que está acontecendo. Por outro lado, na vida real temos tantos conflitos por falta de honestidade nas relações que nem é de se espantar isso ser tão comum em romances, embora nos dois casos esse tanto de segredo pareça igualmente inútil para mim, considerando que de um modo ou outro somos obrigados a falar sobre os problemas de qualquer jeito, então isso apenas adia a "sofrência".
Com todos lidando com seus próprios problemas, acabam não dando atenção aos estranhos acontecimentos, que incluem assassinatos de Caçadores de Sombras e o retorno de um antigo e perigoso membro do submundo à cidade. Todo o mistério só começa a se desenrolar lá pelo terço final da história, conectando os acontecimentos que ainda irão ocorrer nos próximos dois volumes.
Visão Geral
Em Suma
Empolgante. Divertido. Vibrante | 9,1
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